Donos de uma curta discografia – apenas 3 discos em 10 anos
– o The Shins volta após um hiato de 5 anos com este ótimo Port Of
Morrow. Tendo o compositor e vocalista James Mercer como único membro
permanente desde sua fundação, o The Shins virou uma espécie de baluarte do
rock independente americano, um grupo capaz de vender milhões de cópias sem
adulterar a essência de sua musicalidade ingênua (infantil?), sincera e, para
seus fãs, francamente apaixonante.
Andei lendo alguns comentários sobre o disco
na internet e achei curioso o sentimento de decepção de muitos dos admiradores
do grupo. É claro que ficar esperando que Mercer conceba um novo Chutes Too
Narrow – o disco de 2003 que é, até agora, sua obra-prima – é uma
tremenda besteira. O moço já passou dos quarenta, tá casado, com filhos, tem
grana, fama e reconhecimento e é obvio que suas melhores canções nasceram de
conflitos e dúvidas típicos da juventude.
Com isso em mente, dá para curtir
– e muito – Port Of Morrow, um disco que cresce a cada nova audição.
A segunda metade, sobretudo, reserva excelentes momentos (No Way Down, 40 Mark
Strasse e a bela faixa-título, que encerra o álbum). Uma volta que compensou a
espera.
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