quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Queen II

De todos os discos que eu ouvi quando tinha entre 10 e 15 anos - e, me acreditem, não foram muitos - nenhum foi tão impactante para minha cabeça de garoto quanto o segundo disco de estúdio do Queen.

O nome deste blog é não apenas uma homenagem ao meu disco favorito - The Queen Is Dead, dos Smiths - como também, por vias tortas eu sei, a um dos maiores grupos de rock que já passaram por esse mundo.

O Queen em todo seu exagero cênico era um tributo ao talento absurdo de seu frontman, Freddie Mercury, uma figura capaz de juntar a dramaticidade heróica da ópera com o esporro juvenil do rock.

Muita gente acha ridículo, mas grande parte dos melhores momentos da história do rock é mesmo bem ridícula - pense em Gene Simmons do Kiss vomitando sangue falso e Alice Cooper sendo "decapitado" no palco.

O ápice do Queen é normalmente creditado ao álbum A Night At The Opera, que é, sem dúvida, um discaço.

Mas Queen II  é mais complexo, mais misterioso, seja por sua capa dupla com a icônica foto negra na capa e a branca na parte interna - coisas de quem viveu e amou discos de vinil - seja pela sequência de músicas que se dividem entre o lado mais roqueiro de Brian May e Roger Taylor no Lado A e as viagens operísticas de Mercury no B.

É daqueles discos feitos por músicos de primeiro classe, bem produzido, ambicioso e pomposo. Tudo como pediam os loucos anos 1970. Para mim, simplesmente mágico.


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