terça-feira, 30 de outubro de 2012

Raising Sand

A propósito da recente passagem de Robert Plant, o deus viking do rock, por Brasília, o único desapontamento de um show simplesmente memorável foi o fato de Plant deixar de fora todo o repertório de seus dois últimos discos solo. De certa forma eu até entendo, já que tanto Raising Sand, gravado em companhia da cantora Alison Krauss, e Band Of Joy são discos de uma musicalidade esparsa e lenta, um tipo de americana cósmica que não cabe muito numa arena.

 De qualquer maneira, a importância desses dois trabalhos não só para a carreira recente de Plant quanto para o mundo do rock em geral é significativo. 

Quando se juntou com Krauss, ninguém podia imaginar o que viria. O site da Amazon, em resenha sobre a colaboração, chegou a comparar o par de músicos a “um duo de fantasia que junta King Kong com Bambi”. Não é para tanto. Nem Robert Plant canta mais com a potência e a visceralidade de sua época de ouro, nem Krauss é uma cantora tão frágil assim.

 A inspiração e a força que cada um encontrou no estilo do outro é que faz de Raising Sand uma obra-prima. A voz cristalina de Alison Krauss pontua com perfeição a rouquidão e a pegada mais blues de Plant.

Com produção esmerada de T-Bone Burnett – para muitos, peça fundamental no sucesso do álbum - , Raising Sand excedeu todas as expectativas e se tornou um papa prêmios e um Best Seller inesperado para ambos os artistas.

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