Tenho certa dificuldade em entender o barulho em torno de
algumas bandas novas. Pegue-se, por exemplo, o The XX, trio formado em 2008 na
cidade de Londres. O primeiro trabalho, lançado em 2009, figurou em várias
listas de melhores do ano e revelou para o mundo três jovens tímidos e
levemente misteriosos.
Agora, já mais acostumados com o novo status de
celebridades, o trio retorna com Coexist.
Musicalmente, pouco mudou. Os
vocalistas Romy Madley Croft e Oliver Sim dificilmente podem ser chamados de
cantores. Eles murmuram suas letras como se estivessem permanentemente dopados.
Os arranjos permanecem esparsos, quase inexistentes (o chique é dizer que isso é
minimalista). O tédio percorre o disco do início ao fim.
Na verdade, deve ser
isso que traz tamanho encanto. Numa época de tanta exposição e exagero público,
a postura reservada e distante do XX chama a atenção. Nesse aspecto, eu até que
simpatizo com eles. Mas gostar de sua música, já é outra história...
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