sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Purple Rain

Quando Purple Rain, o filme, foi lançado em 1984 eu tinha entre 13 e 14 anos e não o vi no cinema. Mas não fiquei imune ao que se poderia chamar de princemania.

Aquele ano foi inteiramente de Prince, que viu sua estreia no cinema render horrores enquanto a trilha sonora homônima vendia como água.

Acabei assistindo o filme na televisão aberta, com cortes, dublagem, propagandas e tudo mais. Detestei, obviamente.

Recentemente, revi Purple Rain num dos canais HBO sem saber direito o que esperar, afinal a memória nos prega muitas peças. Confesso que, como num filme da Boca do Lixo, achei tudo tão ruim que acabei gostando.

Figurino, maquiagem, penteados, atuações, tudo é tão absurdo que se torna impagável. A estrela Prince passa todo o tempo com cara de vítima enquanto um desfile de figuras inacreditáveis entregam performances surreais de tão horríveis.

O filme só engrena mesmo nas cenas de palco. Purple Rain, o disco, é uma das obras-primas do gênio de Minneapolis e, embora a historinha que elas contam seja meia-boca total, o desempenho do baixinho e sua banda da época, a Revolution, é de deixar qualquer um de queixo caído.

Na sequência Prince gravaria uma das músicas do século, Kiss, além de mais três discos impecáveis: Sign' O The Times, Lovesex e Diamonds And Pearls.

Depois, ele pirou na batatinha, brigou com a gravadora, trocou o nome por um símbolo e seguiu gravando discos cada vez mais fraquinhos. Mas isso já é outra história.

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