Como tudo na história do Led Zeppelin, este último concerto reunindo os
três membros originais mais o filho do grande John Bonhan, Jason, já virou
mito.
O grupo poderia ter seguido em frente e engrossado a fileira de bandas
que vivem do grande circuito da nostalgia (que aumenta exponencialmente a conta
bancária de bandas como Kiss, Rolling Stones e The Who), mas, graças à recusa
de Robert Plant, restringiu sua tão esperada volta a um único show, realizado
em dezembro de 2007, em
Londres.
O pretexto era homenagear o falecido fundador da
mítica gravadora Atlantic Records, Ahmet Artegun.
Certamente, para a platéia,
isso era o que menos importava. Fico imaginando o delírio de se ouvir, após
tantos anos de ausência, o melhor grupo de rock de todos os tempos tocando ao
vivo seus grandes clássicos como se nunca tivesse parado de fazê-lo.
A química
e a magia permanecem intactas. John Paul Jones e Jimmy Page são irretocáveis e
Jason Bonhan honra dignamente a memória de seu pai (para mim e milhões de
admiradores, o melhor baterista que já pisou neste mundo). Quanto a Robert
Plant, é óbvio que sua voz não é a mesma de sua época áurea, mas ele não
precisava se preocupar tanto. Vê-lo durante mais de duas horas levando canções
eternas como Kashmir, Whole Lotta Love e Black Dog compensa qualquer falha que
o tempo possa ter imprimido a suas cordas vocais. Um registro inestimável.
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